sábado, 12 de junho de 2010

CRISE DE ABSTINÊNCIA

C ortou o pulso com a gilete,quebrou a casa toda
R ecordo-me,que no passado,ele já foi um rapaz ilustre
I ncontrolado,hoje fica preso a uma camisa de força
S e deixa-lo sozinho,ele se enforca no lustre
E o desejo de cheirar,é maior que a vontade de viver

D iagnósticado,mais um doente,dependente químico
E le não tem moral e nem atitude,colocou tudo a perder

A droga transformou a sua vida,numa pilha de lixo
B ebidas e cigarro,nas baladas,foi o início de tudo
S omente pra se divertir entre os amigos,tirar uma onda
T entando se exibir para as garotas,acêndia um fumo
I númeras vezes foi preso,por tirar racha num Honda
N o passar dos dias,foi ficando cada vez mais viciado
E squelético,com feridas na pele,já não dormia direito
N ão quis saber da escola,deixou os livros de lado
C ada vez que injetava na veia,sentia do veneno,o efeito
I mune é hoje,a qualquer clínica de desintoxicação,de fato
A esperança perdeu a luta para a droga,e não teve jeito

Miranda de Moura
Publicado no Recanto das Letras em 09/06/2010
Código do texto: T2310031

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